Fuja das galinhas!

Certa vez um ovo de águia caiu em um ninho de galinha. A galinha, sem perceber o ovo maior, chocou todos os ovos juntos. Dali a algum tempo, nasceram os pintinhos e também a águia, que foi criada junto do resto da ninhada.

Quando a águia ciscava, às vezes ela via uma águia no céu e pensava: “como seria bom se eu pudesse voar como uma águia!”

Embora ela fosse uma águia, ela pensava como uma galinha.

O Jim Rohn diz que somos a média das cinco pessoas com quem mais convivemos, e essa história ilustra isso muito bem: se só andamos com galinhas, acabamos nos tornando uma delas.

Aí quando a gente começa a se dar conta de que é águia e resolver voar, a galinha telefona pra gente e fala “que nada! não perca seu tempo com isso, bora pra balada!”, ou “que isso, não faça uma loucura dessas!”, ou “mas isso é impossível!”.

Se você quer transformar a sua vida, fuja das galinhas! Não perca seu tempo lendo o mimimi delas no Facebook. Não coloque a sua atenção e foco no que elas dizem sobre o seu sonho. Não deixe mais o galinheiro influenciar a sua vida!

Seja a águia que você nasceu pra ser.

E saia voando!

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* Essa história da águia me foi relembrada pelo César Cezar, no livro Como Vencer na Vida com a Neurocibernética

Não mate o mensageiro. Perceba a mensagem.

É muito comum termos padrões repetitivos de relacionamentos, situações padrão ~negativas~ que se repetem na nossa vida, em diferentes épocas e com diferentes pessoas.
 
Algumas pessoas são traídas por diferentes parceiros (o famoso “dedo podre”), outras são perseguidas por diferentes chefes, outras levam rasteiras de diferentes colegas de trabalho, outras são sempre passadas pra trás em diferentes situações, levam um golpe atrás do outro.
 
Quando nos vemos nessas situações, o caminho normal é entrarmos no ciclo da vitimização: julgarmos, procurarmos culpados, acursarmos e buscarmos (ou esperarmos) vingança.
 
Então é o parceiro que é mulherengo, o chefe que é filho da mãe, o colega de trabalho que é traíra. E aí terminamos o namoro, divorciamos, pedimos demissão, mudamos de emprego.
 
Ou seja: tentamos acabar com o mensageiro, sem perceber a mensagem!
 
E o que acontece quando fazemos isso? Pois é, a mensagem continua existindo e continua sendo importante pra gente recebê-la, então ela vai encontrar um novo mensageiro: criamos novos relacionamentos ou situações com a mesma dinâmica, pra ver se “acordamos”.
 
Mas como perceber qual é a mensagem?
 
Em um texto anterior, expliquei sobre repressão e projeção: se você vê, está em você. Se você quer saber o que você não gosta sobre você mesmo e provavelmente vem reprimindo, é só olhar pro que te irrita ou incomoda nas pessoas na sua vida. Especialmente nos tipos de pessoas com quem você tem padrões repetitivos de relacionamentos.
 
Por exemplo, se você tem atraído muitas pessoas agressivas na sua vida, você provavelmente não lidou com alguma raiva sua (e a reprimiu e agora a está projetando fora de você). Se você só encontra pessoas emocionalmente indisponíveis e que não querem se envolver amorosamente, pode ser que tenha alguma parte de você que não esteja disposta a dar amor (e atenção, pode ser em outra área da vida sem ser relacionamentos amorosos, como por exemplo nos relacionamentos familiares!).
 
Mas independente de você conseguir identificar ou não qual é a mensagem, ou como lidar com ela, ou como curar a crença negativa que criou as suas situações dentro do mesmo padrão, o importante é você se abrir para a possibilidade de que aquelas situações não aconteceram (ou estão acontecendo) contra você, ou com você, mas sim PARA você.
 
Se abra pra possibilidade de que essas situações são oportunidades de você curar algo importante que está reprimido dentro de você e que precisa ser curado.
 
Perdoe a pessoa e a situação, porque não tem nada de errado com elas. Se entregue para a perfeição da situação. Para a perfeição na imperfeição.
 
Perceba que existe uma mensagem, ainda que no momento ela seja um mistério pra você.
 
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Por que as pessoas amam ver notícias ruins?

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Já se sabe que ouvir notícias ruins tem um impacto imediato no nosso nível de estresse. Um estudo conduzido por Martin Seligman e Shawn Achor na Universidade de Pensilvânia comprovou que se você começa o seu dia com 3 minutos de notícias ruins, você tem 27% a mais de chances de ter um dia ruim.

Diante desse tipo de evidência, me fascina a atração que as pessoas em geral sentem por ficar sempre por dentro das últimas desgraças. E isso não tem só a ver com televisão ou jornal: acontece até mesmo na rua. Pode observar: é só acontecer alguma coisa ruim e o povo junta como se fosse formiga atrás de açúcar.

Por que isso acontece?

Sempre que rola na nossa vida algo com o que, por algum motivo, não conseguimos lidar, usamos uma poderosa ferramenta de segurança mental: a repressão. Ela acontece quando algum sentimento ou emoção é tão intenso que a mente o bloqueia totalmente da consciência. Enterramos a emoção tão fundo na mente subconsciente que perdemos consciência dela. Na maioria das vezes, nem temos memória do fato.

Acontece que a regressão tem uma melhor amiga: a projeção. Projetamos nos outros tudo aquilo que está escondido no nosso subconsciente.

As notícias ruins são uma oportunidade de projetar toda a nossa culpa e vergonha reprimidas nos assassinos, estupradores, políticos corruptos e outras pessoas ~do mal~ que vemos na televisão e jornais. Porque ~eles~ são ~do mal~, nós não.

A repressão junto com a projeção, de mãozinhas dadas, criam e mantém o arquétipo da vítima.

Sempre que você se pegar julgando alguém ou alguma coisa, pare. Observe. Esta pessoa ou circunstância está lhe oferecendo a oportunidade de escolher entre a projeção e o perdão radical (que vem de você entender que a situação ~negativa~ é a sua oportunidade de curar aquilo que foi um dia reprimido e agora está vindo à tona).

Se você vê, está em você.

Cuidado com a armadilha da consistência

Quem me acompanha a mais tempo pode estar estranhando o tema desse meu texto. Uma coisa que sempre falo é que a chave número um para ter resultado em qualquer coisa na sua vida é ter consistência. E eu repito mais uma vez: se você quer começar qualquer coisa na sua vida, seja uma dieta, uma língua nova, um empreendimento online, a chave é ter consistência. Não seja uma daquelas pessoas que pensa “já fiz isso diversas vezes e não deu resultado”. O resultado é algo que demora a vir. Tenha sempre em mente o mantra do comparecer. É a partir daí que criamos hábitos novos, mais saudáveis e mais positivos na nossa vida.

Contudo, o que quero falar nesse espaço é sobre um diferente insight, que é a armadilha da consistência. O que seria isso? Como dizia o Einstein “quem faz sempre a mesma coisa e espera ter resultados diferentes é maluco”. O Osho também diz que a neurose é você tentar fazer repetidas vezes aquilo que não funciona. Se você está insistindo em perseguir uma coisa que não está dando resultado, você está neurótico. Em prol da consistência você esquece que tem que aperfeiçoar aquilo que está fazendo. No que não está dando certo, precisamos fazer ajustes ou precisamos mudar.

Não existe fracasso, só existe resultado, portanto se não está funcionando como você queria isso não quer dizer que você está fracassando. Você pode apenas estar colhendo algo que não era o esperado ou não é o ideal. Isso quer dizer que para obter o seu resultado desejado, você tem que mudar suas ações. A armadilha da consistência é isso: não mudar as suas ações por não querer ferir essa consistência. Nesta armadilha a consistência vira teimosia, e a teimosia nada mais é que a nossa negação em fazer os ajustes e mudanças necessárias para alcançar esses resultados.

Mais uma vez isso não quer dizer que você deve desistir. Continue comparecendo, mas compareça um pouco diferente. Se, por exemplo, você começou a correr há algum tempo e todo dia você comparece, mas não consegue correr mais de um minuto, alguma coisa está errada. Você pode mudar diversas coisas para fazer funcionar, seja pegar um treinador, começar uma nova planilha de corrida ou fazer uma playlist animada. O importante é ir ajustando as suas ações até ter o resultado que você deseja.

É preciso avaliar também que quanto mais agressivas forem as metas que traçamos, mais pacientes temos que ser para alcançá-las. Neste processo é da mesma forma importante entendermos quando precisamos buscar ajuda externa. Não há problema nenhum nisso pois não estamos sozinhos em uma ilha deserta. Nós estamos num mundo com 7 bilhões de pessoas com talentos únicos e que podem agregar em nossa busca. O ajuste muitas vezes passa em procurar um novo olhar para nos direcionar no sentido da mudança.

O importante é tomar em suas mãos as rédeas e o controle para resolver os seus problemas!

Pare de apertar o botão soneca interno!!!

O Coach Tony Robbins diz que “muitas pessoas sabem o que fazer, mas poucas realmente fazem o que sabem”. Depois de trabalhar com algumas centenas de clientes, tenho certeza de que isso é verdade.

São pessoas que sabem que estão infelizes com seus trabalhos e carreiras, que sabem que não querem fazer isso pro resto da vida, que sabem que querem deixar uma marca no mundo e não estão deixando, mas que não conseguem se colocar em movimento.

Eu também fui assim por muito tempo. Passei mais de 10 anos infeliz profissionalmente, muitas vezes dirigindo chorando pro trabalho. Eu sabia que tinha que fazer alguma coisa para mudar a minha vida, mas adiava dar o primeiro passo em direção a uma mudança que fosse profunda.

Assim como meus clientes, e talvez como você também, eu inventava todo tipo de desculpas… Eu estabelecia prazos na minha cabeça (quando eu comprar um apartamento…quando eu fizer um mestrado no exterior…quando eu tiver um filho…), mas sempre adiava esses prazos com novas desculpas (quando eu for promovida…quando eu mudar de cidade…quando eu juntar mais dinheiro…).

Eu apertava o meu botão soneca interno, adiando os meus sonhos, adiando a minha missão, adiando a minha vida.

Eu fazia uma coisa que com certeza você faz também: eu procrastinava.

O segredo pra parar de procrastinar, no meu caso, foi gerar mais clareza sobre o que era verdadeiramente importante pra mim, definir a minha missão, e entender que eu preferia morrer a não cumprir aquela missão, e a continuar vivendo como um corpo sem vida.

Você pode fazer duas coisas pra gerar clareza:

(i) começar a se fazer perguntas poderosas (dica: “por que a minha vida é uma droga?” não é uma pergunta poderosa, é mimimi);

(ii) se colocar em movimento, mesmo que você ainda não saiba exatamente pra onde quer ir.

 

O que é importante pra você?

Qual é a sua missão?

Como você pode se colocar em movimento imediatamente?

Pare de apertar o seu botão soneca interno, e comece a viver a sua vida dos sonhos.

 

ps: Se você quer mais dicas sobre como vencer a procrastinação, o Coach Geronimo Theml disponibilizou um treinamento gratuito que pode te dar novas ideias e te ajudar a dar mais um passo na direção do seu sonho. Esse treinamento não vai ficar no ar por muito tempo, então se você está apertando o botão soneca da sua vida, não procrastine dar esse passo!

>>Pra assistir, clique aqui

Espiritualidade não é só meditar aos pés do Himalaia

Este mês, passei uns dias em um curso sobre espiritualidade em Nova York. Quando falo de espiritualidade, sei que muita gente imagina igrejas, templos, robes brancos, incenso, velas ou um indiano barbudo meditando aos pés do Himalaia.

Tudo é espiritualidade. Não só meditar aos pés do Himalaia. 

Espiritualidade é trabalhar com amor, dar significado ao seu trabalho. Fazer não só pra pagar as contas no fim do mês, mas se colocar a serviço de outras pessoas e do universo. De preferência naquilo que você nasceu pra fazer. Mas, se isso não for possível, dar significado ao que você faz exatamente hoje. Enxergar como a oportunidade de aprendizado e crescimento, a preparação pra um vôo mais alto.

Espiritualidade é estar bem financeiramente, é entender que dinheiro nada mais é do que uma forma de energia como outra qualquer, é conseguir se conectar com a abundância e amor em vez do medo e da escassez.

Espiritualidade é estar presente nos seus relacionamentos, enxergar a divindade no outro e honrar isso. É perceber que as pessoas em volta não são só figurantes na sua história, elas têm histórias também. É escutar essas histórias com o coração, se abrir para o outro. É perdoar.

Espiritualidade não é só meditar aos pés do Himalaia.

Espiritualidade é andar nas ruas da sua cidade e, em vez de olhar apenas para a sujeira ou a violência, enxergar a beleza da cor do céu, sentir com prazer a brisa que bate no seu rosto quando você atravessa a rua, é ver as árvores e entender que elas têm uma sabedoria secular, e respeitar essa sabedoria.

Espiritualidade é observar quantas pessoas ~invisíveis~ trabalham pra que você possa ter o que pra você é ~garantido~, quem conserta os fios e cabos de eletricidade, as tubulações de gás sob o chão que você pisa, quem rala o queijo que você joga por cima do seu macarrão no restaurante.

É perceber que, hoje, você está exatamente onde deveria estar e o universo está te dando exatamente tudo o que você precisa no momento presente.

E é sentir gratidão por tudo isso.

Tudo isso é espiritualidade, e pode fazer parte da sua vida hoje, a partir de Agora. Basta você fazer uma única nova escolha.

Conecte-se com algo maior que você.

Não viva pequeno.

A vida é muito mais que isso.