O que eu não faço mais

“O que eu não faço mais” é um capítulo do livro “É tudo tão simples”, da Danuza Leão, que eu adorei e tem tudo a ver com o meu aprendizado sobre limites. Olha só:

“Houve um tempo em que eu aceitava quase todos os convites que me faziam: não tinha a coragem de dizer não. Mas aprendi, e hoje consigo, rapidinho, inventar uma desculpa, tipo “Vou para São Paulo” é das minhas prediletas, nela todo mundo acredita, e tem sempre o atraso do avião, o vôo que foi cancelado, enfim, as companhias de aviação são sempre as responsáveis por tudo. Mas quando você tem a coragem de dizer a verdade, a vida fica mais simples e bem mais fácil. A minha ficou. Só não vale dizer: ‘Dia 18 vou estar doente.’”

O resto do capítulo é a lista (hilária) das coisas que a Danuza não faz mais, e termina com a sugestão de que você faça a sua própria lista das coisas que você ainda faz, mas não pretende fazer nunca mais. A minha lista é um work in progress ainda, mas já consegui definir algumas coisas.

Eu não vou mais em festa infantil com o Davi quando eu não conheço ninguém que vai estar na festa, nem a família do aniversariante. Mando Davi + empregada + presente + 50 Dilmas pro táxi e todos felizes para sempre.

Eu não recebo mais as pessoas na minha casa com prataria e cristais porque né, dá um trabalhão ficar areando tudo, quebram minhas taças e ninguém tá nem aí no fundo. Tenho milhares de jogos de tudo, mas não fico mais quebrando a cabeça procurando onde está ou querendo botar tudo combinando na mesa, desculpa aí amigos mas eu não sou a Martha Stewart e na minha casa rolam pratos desencontrados, potinhos de todos os tamanhos e cores e, dependendo da intimidade, eu já nem mesa mais boto, façamos os pratos na cozinha e boua. Aliás, dependendo do tamanho do meu saco, eu peço logo uma pizza e fica todo mundo feliz.

Adoro cozinhar, mas não cozinho mais pra muita gente, salvo raras exceções tipo a minha mãe querer meu risoto de camarão no Dia das Mães pra família toda (mãe tem super trunfo, pode tudo). Aliás, cozinhando ou não, eu não recebo mais de 5 pessoas em casa pra comer. Se possível, só 3. Não gosto de ninguém mal instalado na minha casa e a minha mesa dá pra 6 pessoas, ponto.

Não divido quarto de hotel, muito menos cama. Gosto de me espalhar no banheiro e na cama, e prefiro continuar não sabendo se a minha amiga ronca ou não.

Não convido mais ninguém pro meu aniversário por educação. Muito menos se for na minha casa (já fiz muito, mea culpa *bate com a mãozinha no peito*). Aliás, na minha casa não entra ninguém de quem eu não goste e muito. Se por acidente entrar alguém que não curto – amigo de amigo, por exemplo – eu dou logo um jeitinho de cairmos fora. Mi casa su casa o cacete, mi casa MI casa.

Playlist de corridinha

Eu falei “corridinha” porque é isso mesmo: essa é uma playlist sem músicas do tipo “no pain no gain” (ou quase, vai), que são aquelas músicas que só de ouvir você já começa a suar e se sentir mal porque tá correndo muito devagar.

O engraçado é que eu fiz essa playlist pra “corridinha”, aquela corrida de trotinho mesmo, bem cool, um pedaço eu fazia até na areia/grama, e hoje me peguei correndo a 12km/h com ela. Acho que foi porque eu relaxei…rs

Então hoje vou sugerir essa playlist, que é boa pra quem está começando a correr ou pra quem está retomando os treinos e quer pegar um ritmo mais tranquilo (mas que pode evoluir nas mesmas músicas – tempo e contra-tempo!).

Corridinha:

3 músicas pra andar, mais ou menos 10 minutos:

Travie McCoy – Billionaire
Ne-Yo – Because of You
B.o.B – Airplanes

Depois, pra correr:

Ne-Yo – Miss Independent
Maroon 5 – Payphone
Carly Rae Jepsen – Call me maybe
Travie McCoy – We’ll be allright
Ne-Yo – Closer
Eminem – Lose yourself
Taio Cruz – Break your heart
Ne-Yo – Beautiful Monster
Avicii – Levels

E uma pra alongar:
Ne-Yo – So sick

Boa corrida! 🙂

Limites

Em 2011, me dei conta de que tinha um problema com meus próprios limites: eu não sabia muito bem quais eram e muito menos conseguia comunicá-los ao mundo exterior. E sem limites claros não existe o “eu”. E enquanto não existe um “eu” com limites claros do que somos e do que não somos, não tem como superarmos esses limites para praticar a arte da unificação com o mundo.

De um modo mais rasteiro, definir os nossos limites envolve ter a liberdade, coragem e naturalidade de dizer não quando queremos dizer não. E eu sempre tive uma grande dificuldade em dizer não. Ao ponto de me violentar, de fazer coisas contra a minha vontade, de passar por cima de mim mesma para fazer a vontade alheia.

Ainda sou aprendiz da arte de dizer não. Ainda estou identificando, com certa dificuldade e meio que na tentativa e erro (típica dos Sagitarianos) quais são os meus limites e o que eu não sou. Aprendi que quando dizemos não, o melhor na grande maioria das vezes é não justificar. Porque, quando a gente justifica, a gente abre espaço para o interlocutor questionar a nossa decisão, oferecer alternativas, insistir, julgar a nossa justificativa. Quem, como eu, tem dificuldade de dizer não, tem que aprender a dizer “não porque não”, não e ponto final.

Alguém mais tem dificuldade de saber ou impor os seus limites? De dizer não? Quem não tem dificuldades ou já teve e conseguiu superar: alguma dica boa?

O fim do mundo

Quando dizem que o mundo vai acabar em 2012, eu concordo. Não numa bola de fogo e fumaça, nem afogado em tsunamis ou lava de vulcões malucos. Mas o mundo que a gente conhece vai, sim, acabar. Talvez não seja em 2012 – quem dera! – mas em breve teremos um mundo diferente e quem resistir à mudança e se apegar ao passado vai se tornar dispensável e obsoleto.

O mundo vai acabar porque, a cada dia, mais e mais pessoas estão cansadas do mundo como ele é. Mais pessoas querem um mundo mais justo, mais sustentável, mais ético, mais simples. E cada vez mais pessoas estão parando pra pensar – ou repensar, no caso dos mais velhos – quem são, do que realmente gostam (e não do que foram convencidos a gostar), como querem viver, o que as faz felizes.

Os produtos e marcas que vendem/entregam status em vez de felicidade vão acabar. Os produtos e marcas que destroem a natureza desnecessariamente vão acabar. Tudo o que isola em vez de aproximar as pessoas vai acabar. Tudo o que destrói em vez de construir vai acabar.

No lugar disso tudo, vem aí um mundo diferente, com foco nos relacionamentos, na conexão maior das pessoas com a natureza, no uso racional dos recursos, na simplicidade.

Eu acho que vai ser um mundo bem melhor.

Bike – Onde andar e como?

Uma leitora mandou a seguinte dúvida: “não existe um consenso sobre o que é melhor quando não há pista para ciclistas: andar na rua, na calçada, na rua em sentido contrário, na rua no mesmo sentido dos carros, etc.”

A resposta, para nossa felicidade, está também no Código Nacional de Trânsito:

“Art. 58 – Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.”

 

Ou seja: lugar de bike é, sim, na rua (e com preferência sobre os carros!). E a circulação é no sentido dos carros. Excepcionalmente, a circulação pode ser no sentido contrário ao fluxo (contra-mão) quando autorizado por autoridade de trânsito, mas só quando existir ciclofaixa. E, idealmente, o ciclista deve andar na pista da direita.Bikes não podem circular nas calçadas – lugar de pedestre! – a não ser que o ciclista esteja desmontado e empurrando a bike. Nesse caso, o ciclista se equipara ao pedestre e, por isso, pode circular nas calçadas.Como vocês podem ver, as dúvidas e confusões e desrespeitos frequentes acontecem muito mais por pura falta de conhecimento e educação no trânsito do que falta de regras. E conhecer as regras é o primeiro passo pra exigir o cumprimento. 😉

Bike – O que é obrigatório?

De acordo com o Código Nacional de Trânsito, são equipamentos obrigatórios da bicicleta: “a campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo.”

O capacete, por incrível que pareça, apesar de importantíssimo, não é obrigatório. O.o

Já liguei pro meu personal bike conserteitor e ele vem aqui daqui a pouco trazer tudo o que falta pra minha bike ficar 100% dentro da lei. O capacete, é claro, eu já tenho.