Certa vez aprendi uma lição inesquecível com uma amiga muito querida. Como a grande maioria das coisas que eu vejo, hoje, que mudaram a minha vida, essa lição foi simples, muito simples. Mas lembrar dela constantemente me deu uma perspectiva completamente nova na vida, e me ajudou a tomar decisões muito importantes desde então.
A terapeuta dessa minha amiga, cujo filho é da mesma idade que o meu, perguntou a ela:
“O que você faria para defender o seu filho caso acontecesse alguma coisa com ele? Se alguém o agredisse, falasse algo ruim sobre ele, o que você seria capaz de fazer?”
Minha amiga, claro, assim como eu ou qualquer outro pai ou mãe, respondeu:
“Eu faria qualquer coisa! Viraria uma leoa para defender meu filho! Jamais deixaria que ninguém fizesse nada de mau a ele! Nossa, pelo meu filho eu seria capaz de matar!”
E a terapeuta calmamente disse:
“Ótimo. Então agora passe a cuidar de você mesma com essa mesma força, dedicação e amor”.
Cataploft!
Porque né? A verdade é que a gente defende nossos filhos, nossos amigos, nossos parentes, nossos animais de estimação e até os animais de rua que nem são nossos, e por eles a gente é capaz de fazer mil e uma loucuras.
Mas, quando se trata da gente mesmo, não só a gente não cuida com esse carinho. Muitas vezes, o que é pior ainda, a gente mesmo é nosso pior algoz, nosso crítico mais ferrenho, nosso maior agressor (sim, agressão não é só soco no olho!).
Então, minha sugestão é que você defenda a sua criança interior – sim, ela existe e está aí dentro, apavorada com todos esses maus tratos! – de tudo e todos. E, especialmente, que você mesmo observe em que momentos do seu dia você está sendo o seu próprio carrasco.
Não se culpe, não julgue, apenas observe.
E se cuide com todo o seu amor.
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