Recentemente, na praia, fechei os olhos e fiquei um tempo em silêncio, meditando. Quando terminei, abri os olhos e me dei conta de uma coisa: fazia anos que não meditava. Por um simples motivo: não tinha tempo.
“Impossível! COMO eu vou conseguir pagar isso tudo?”
Por “isso tudo”, leia-se um estilo de vida desenhado pra impressionar pessoas que não tinham nada a ver comigo e um montão de coisas que eu não precisava mas que, por um motivo ou outro, eu tinha deixado se transformarem em quem eu era. Aquelas coisas tinham roubado a minha identidade. E estavam roubando o bem finito e não-renovável mais precioso do mundo: o meu tempo!
Depois de um 2011 conturbado em que eu precisei reavaliar minha vida, minhas prioridades e meus sonhos e planos pro futuro, ficou claro que nada ao meu redor tinha mais nenhuma importância pra mim. Desde que eu e meu filho estivéssemos saudáveis, eu não me importava mais com o tamanho e marca do carro na garagem, a minha vista pro Cristo, as roupas da moda, os últimos lançamentos de gadgets tecnológicos.
E foi justamente essa conclusão que me permitiu abandonar minha carreira e me aventurar a…veja só…fazer aquilo que eu amo! Sem a preocupação de ter que fazer tanto dinheiro quanto antes – pra quê? -, sem precisar me vestir pra impressionar ninguém – pra quê? -, sem precisar mais ter carro – pra quê? – enfim, vocês entenderam.
Então quando uma leitora perguntou “Como romper o padrão de trabalhar demais e não ter tempo pra viver”, meu conselho número um é: repense a sua vida, reveja suas prioridades, reflita sobre o que é mesmo importante pra você, o que é ser “bem-sucedido” pra você, do que você realmente precisa pra ser feliz.
Talvez a resposta vá te libertar.