Limites

Em 2011, me dei conta de que tinha um problema com meus próprios limites: eu não sabia muito bem quais eram e muito menos conseguia comunicá-los ao mundo exterior. E sem limites claros não existe o “eu”. E enquanto não existe um “eu” com limites claros do que somos e do que não somos, não […]

Em 2011, me dei conta de que tinha um problema com meus próprios limites: eu não sabia muito bem quais eram e muito menos conseguia comunicá-los ao mundo exterior. E sem limites claros não existe o “eu”. E enquanto não existe um “eu” com limites claros do que somos e do que não somos, não tem como superarmos esses limites para praticar a arte da unificação com o mundo.

De um modo mais rasteiro, definir os nossos limites envolve ter a liberdade, coragem e naturalidade de dizer não quando queremos dizer não. E eu sempre tive uma grande dificuldade em dizer não. Ao ponto de me violentar, de fazer coisas contra a minha vontade, de passar por cima de mim mesma para fazer a vontade alheia.

Ainda sou aprendiz da arte de dizer não. Ainda estou identificando, com certa dificuldade e meio que na tentativa e erro (típica dos Sagitarianos) quais são os meus limites e o que eu não sou. Aprendi que quando dizemos não, o melhor na grande maioria das vezes é não justificar. Porque, quando a gente justifica, a gente abre espaço para o interlocutor questionar a nossa decisão, oferecer alternativas, insistir, julgar a nossa justificativa. Quem, como eu, tem dificuldade de dizer não, tem que aprender a dizer “não porque não”, não e ponto final.

Alguém mais tem dificuldade de saber ou impor os seus limites? De dizer não? Quem não tem dificuldades ou já teve e conseguiu superar: alguma dica boa?