Em abril desse ano eu resolvi simplificar a minha vida. Comecei a dar, vender e jogar coisas fora, parei totalmente de comprar qualquer coisa nova pra mim ou pra minha casa que não fosse realmente necessária. Comecei a pensar mais em tudo o que eu tinha, por que eu tinha, se eu precisava ter ou não.
Me auto-proclamei minimalista e comecei a viver de acordo com os meus próprios valores e crenças. De lá pra cá, já se passaram quase 6 meses. Já me livrei de muita coisa — e mais importante ainda, deixei de comprar MUITA coisa –, mas ainda tenho um longo caminho pela frente.
Escolhi me mudar pra um apartamento da metade do tamanho do atual e, daqui a 15 dias, necessariamente vou ter me livrado de pelo menos 50% dos meus móveis, roupas e outras tranqueiras (estou vendendo ainda um freezer e um bar com dois bancos!).
Aos poucos, a minha casa vai se transformando num lugar onde as coisas em volta têm um sentido, são coisas que eu amo e/ou que têm utilidade na minha vida, são coisas que eu tenho mas que não me definem como pessoa. Amanhã posso arrumar uma mochila, deixar tudo pra trás e me mudar pra Tailândia e continuarei sendo eu, muito feliz, obrigada.
Mas não é fácil, nem é rápido — pelo menos não se você, como eu, tiver passado mais de 15 anos acumulando coisas. E tem horas que dá um desânimo diante da quantidade de tralha, da trabalheira que é olhar coisa por coisa, do cansaço emocional que é se desfazer de certos objetos (depois passa, fiquem tranquilos, mas é cansativo).
Então é sempre bom a gente se manter motivado. Eu, quando desanimo, gosto de “folhear” os muitos blogs e livros de minimalismo disponíveis. E encontro pérolas como esse trechinho do Joshua Becker, autor do Becoming Minimalist:
Com vocês, pra animar o começo da semana de destralhe, o Joshua (em tradução livre minha):
“As pessoas às vezes me perguntam: “Como você consegue evitar querer as coisas que todo mundo tem?”
Pra ser sincero, eu raramente luto com esse desejo. Mas quando acontece, eu tento lembrar uma coisa: Desde que eu decidi ter menos coisas, eu tenho…
mais tempo pra minha família.
menos coisas sobre as quais me preocupar.
mais dinheiro guardado.
mais energia pra ir atrás das minhas paixões.
menos tralha na minha casa.
menos distrações na minha mente.
mais intencionalidade na vida.
mais generosidade nos meus gastos.
mais alegria no meu coração.
mais gratidão na minha alma.
e muito mais oportunidade de buscar coisas de maior valor.
De repente, o desejo começa a desaparecer. E enquanto isso, uma nova pergunta começa a surgir: Por que eu quereria todas as coisas que todo mundo tem quando todos eles querem o que eu já tenho?”
Boa semana e bom destralhe pra todo mundo!