Há um tempo, contei aos leitores da minha newsletter sobre um homem que vi estirado morto no chão da São Clemente quando saía de casa. Naquela época, uma leitora me escreveu contando das experiências dela com mortos, da morte de um tio e da avó, e do despreparo emocional e espiritual que ela sentia em […]
Há um tempo, contei aos leitores da minha newsletter sobre um homem que vi estirado morto no chão da São Clemente quando saía de casa. Naquela época, uma leitora me escreveu contando das experiências dela com mortos, da morte de um tio e da avó, e do despreparo emocional e espiritual que ela sentia em relação a perder entes queridos.
A alternação entre dia e noite, luz e sombra sempre teve um profundo significado para os povos antigos. Ela manifesta a dualidade fundamental que se expressa de tantas outras maneiras na natureza e nas nossas vidas.
Desde o nível atômico, tudo no universo está sujeito a ritmos e ciclos. Na natureza temos o dia e a noite, as estações do ano (que, para os antigos, eram só duas: verão e inverno), as marés. Nas plantas, temos o embrião, as folhas, o botão, a flor e o fruto.
Nós também estamos sujeitos a esse ciclo, que a autora Clarissa Pinkola Estés chama de “vida-morte-vida”. No nosso corpo, temos os batimentos cardíacos, a respiração (inspira, expira!), o dormir e o acordar. A cada sete anos, todas as células do nosso corpo são substituídas por novas células e, do ponto de vista puramente físico, somos uma pessoa totalmente nova.
Os povos antigos compreendiam muito bem essa dualidade e a importância desse ciclo. Essa compreensão ainda existe em povos mais ~primitivos~, mas, em geral, o homem moderno se desconectou totalmente desse conhecimento tão simples, instintivo, antigo e importante sobre sua própria natureza e a natureza de todas as coisas na Terra (e até mesmo fora dela!).
A morte começou a ser vista como um mal, passou a ser temida. Não só a morte física, que apavorava a minha leitora, mas a morte como o fim necessário de um ciclo que se encerrou. Porque as pessoas se esqueceram que, para que um novo ciclo possa começar, é essencial que outro se encerre.
Isso se manifesta na nossa vida desde formas mais concretas – você só pode ter uma nova geladeira quando se livrar da velha que está quebrada e ocupando espaço na sua cozinha – até formas mais sutis: pra encontrar um novo amor você precisa aceitar o fim do seu atual relacionamento que já terminou na prática. Pra que o seu relacionamento atual que está capenga possa entrar em uma nova fase mais saudável você precisa abrir mão de hábitos e comportamentos que não estão gerando bons resultados. Pra começar um novo trabalho você tem que aceitar o fim do seu atual emprego ou mesmo carreira. Pra ser uma nova pessoa você precisa se permitir morrer na forma que você é hoje.
Como eu disse, a cada sete anos, fisicamente, somos uma pessoa totalmente nova. Mas do ponto de vista psíquico, muitas vezes nada se alterou. O nosso corpo emocional está cheio de padrões e bloqueios que são os mesmos de sete anos atrás (ou muito mais ciclos!).
Temos os mesmos problemas, as mesmas preocupações, insatisfações, mágoas, aflições, temos os mesmos medos, e temos os mesmos sonhos não realizados.
Pra eu virar a Paula escritora e Coach, eu precisei dar adeus à Paula-advogada e tudo o que isso significava na minha vida. O respeito das pessoas, o sucesso, o comodismo, o dinheiro, os luxos e supérfluos. Era uma morte necessária, para que uma nova pessoa pudesse nascer.
Clarissa sugere algumas perguntas que eu recomendo que você se faça:
“Ao que eu preciso dar mais morte hoje, para gerar mais vida? O que eu sei que precisa morrer mas hesito em permitir que isso ocorra? O que deveria morrer hoje? O que deveria viver? Qual vida tenho medo de dar à luz? Se não for agora, quando?”
Resgate o seu contato com os ciclos da vida, tanto na natureza quanto em você mesmo.
Entenda que a morte, em todas as suas formas, é bonita, importante, e necessária.
Dê um passo em direção ao seu próprio desenvolvimento.
O que você mais teme pode ser a cura que está faltando na sua vida.
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