Escolha sua vida | Paula Abreu

Há vida depois do carro

Em abril de 2013 completo um ano sem carro. Havia passado os últimos 18 anos da minha vida sobre quatro rodas, isolada do mundo dentro da minha pequena bolha móvel com ar-condicionado. Achava impossível viver sem carro. Mais uma das muitas crenças alheias que a gente absorve ao longo da vida sem nunca parar e […]

Quem é dono de quem?

Todo sábado de manhã eu ando até o Aterro pro meu treino longo de corrida da semana. No caminho, passo por um posto de gasolina. Esse sábado, como em tantos outros, o dia estava lindo. O típico dia lindo no Rio de Janeiro: céu azul quase sem nuvem, um sol maravilhoso, as águas da Praia […]

O que é sucesso pra você?

Falando sobre as mudanças na minha vida, alguém comentou que algumas pessoas se incomodam porque eu estou vivendo a vida que escolhi E sendo, ao mesmo tempo, bem sucedida. Mas sucesso é um conceito muito flexível, é pessoal e intransferível. Tem gente que nunca parou pra pensar no que é sucesso e é levado pela […]

Por um mundo com mais empatia

Ontem, quando estava correndo, senti um vento na orelha e ouvi alguém gritando alguma coisa. Eu estava, naturalmente, ouvindo minha playlist de corrida e vi que passava por mim uma mulher de bike, irritadíssima porque eu não estava na extrema direita da pista. Ela gritava algo na linha de: “fica aí ouvindo música e não […]

A arte perdida de se perguntar

Ontem conversando com um motorista sobre o trânsito, os engarrafamentos e minha escolha recente por não ter mais carro e andar de bike, metrô, ônibus e esse equipamento super moderno, portátil e tecnológico que são os meus pés, me dei conta de que um dos grandes problemas do mundo hoje é que o ser humano […]

Bike Love

Em 2010, quando me mudei de São Paulo de volta para o Rio de Janeiro, vendi meu carro e passei a usar só o carro da empresa onde vim trabalhar. Esse mês, de repente, me vi sem carro pela primeira vez na vida desde os 18 anos. E, feito Deus na criação do Universo, vi […]

Em 2010, quando me mudei de São Paulo de volta para o Rio de Janeiro, vendi meu carro e passei a usar só o carro da empresa onde vim trabalhar. Esse mês, de repente, me vi sem carro pela primeira vez na vida desde os 18 anos. E, feito Deus na criação do Universo, vi que era bom.

Estava perto de fazer uma cirurgia que vai me deixar um mês sem poder dirigir mesmo (faltam 6 dias!) e me dei conta de que, por conta da lei seca, praticamente só usava o carro durante a semana, pra ir ao trabalho – coisa que não preciso mais fazer. Ou seja, zero necessidade de comprar um carro novo.

E uma das regras da minha vida melhor é: se não é necessário, não tenha.Minha primeira providência foi consertar as minhas bikes. Tenho duas, uma mountain bike melhorzinha e uma bike genérica com cestinha pra afazeres domésticos. Descobri um sujeito bem bacana que vem em casa consertar, e fiz a devida revisão de ambas.

A segunda foi começar a repensar essa dependência do carro que o carioca – eu incluída – tem, numa cidade tão pequena e de clima tão ameno. Falta estrutura, concordo, e falta segurança, também concordo, mas sem pressão popular nada disso muda, e o melhor exemplo é a Holanda (vou postar um vídeo sobre isso já já).

A verdade é que a gente vai se acomodando com coisas que a gente não precisa, e vai ficando dependente delas de tal maneira que a gente começa até a pautar as nossas escolhas de vida pra acomodar essas coisas. Tipo deixar de morar num apartamento legal mas que não tem garagem porque temos um carro que não precisamos ter. Ou ficarmos num emprego com o qual não estamos felizes porque temos que pagar despesas que, no fundo, não precisamos ter (IPVA, seguro, manutenção, gasolina, estacionamento).

Então eu resolvi ficar pelo menos 3 meses sem carro, experimentando a vida sobre duas rodas e táxi.

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