Escolha sua vida | Paula Abreu

É, eu ando meio monotemática, fazer o quê? Mas to ficando meio irritada com a quantidade enorme de reclamações de nego sobre o trânsito durante a Rio+20 na minha timeline.

Não vou discutir se o Rio tinha capacidade de receber um evento desse porte – e ainda teremos Copa, Olimpíadas, então segurem esse rojão -, não vou discutir a qualidade do transporte público no Rio (que não é ótima, mas posso garantir que é muito menos pior do que a ‘classe-média-sofre’ que se recusa a andar de ônibus pensa), não vou discutir essas coisas porque essas são as coisas que estão – a princípio – fora do nosso controle, do seu e do meu.

Mas gostaria de saber dos meus amigos – exceto por uma que está de pé quebrado -, que passaram uma, duas ou até três horas no trânsito esses dias, se por pelo menos UM minuto que seja lhes passou pela cabeça NÃO usar o carro, por UM DIA. Será que dói tanto assim?

Pode ser que eu esteja radical e rebelde demais hoje – desculpem aí, já vou tomar o meu remedinho -, mas to de saco cheio mesmo de olhar em volta e ver que as pessoas – salvo raras exceções – não conseguem enxergar que elas também são parte do problema. Que não adianta ficar sentadinho dentro do carro ouvindo Air Supply no rádio e praguejando pelo smartphone cosamiguinho.

E que conseguem ficar ainda um pouco mais ridículas quando, além de não fazer nada, nadinha, nem mesmo PENSAR POR UM MINUTO e pelo menos fazer uma cagada consciente, ainda reclamam, criticam e ridicularizam as pessoas que estão lá investindo tempo e neurônios pra tentar melhorar alguma coisa.

Eu fui – e em parte ainda sou – alienada por opção por muito tempo, mas de dentro da minha alienação nunca deixei de ter o devido respeito pelas pessoas que, diferente de mim, estavam lá fora enfrentando o mundo pra que eu pudesse continuar confortavelmente alienada. Jamais faria graça do ‘peito caído’ das vadias, não chamaria os jovens manifestantes de hippies desocupados e ficaria dentro da minha SUV poluindo o planeta e causando trânsito bem quietinha.

A cidade parou, as pessoas se expuseram ao ridículo – e acabaram com a minha paciência – com seu mimimi alienado e vocês me desculpem o desabafo. Já já voltamos à programação normal.

ps: aos amigos em quem a carapuça servir: amo todos vocês, been there, e entendam esse texto como tough love. Faz de conta que eu vi um pedaço imenso de alface no dente de vocês e to dando aquele toque amigo pra vocês não pagarem tanto mico.

É, eu ando meio monotemática, fazer o quê? Mas to ficando meio irritada com a quantidade enorme de reclamações de nego sobre o trânsito durante a Rio+20 na minha timeline.

Não vou discutir se o Rio tinha capacidade de receber um evento desse porte – e ainda teremos Copa, Olimpíadas, então segurem esse rojão -, não vou discutir a qualidade do transporte público no Rio (que não é ótima, mas posso garantir que é muito menos pior do que a ‘classe-média-sofre’ que se recusa a andar de ônibus pensa), não vou discutir essas coisas porque essas são as coisas que estão – a princípio – fora do nosso controle, do seu e do meu.

Mas gostaria de saber dos meus amigos – exceto por uma que está de pé quebrado -, que passaram uma, duas ou até três horas no trânsito esses dias, se por pelo menos UM minuto que seja lhes passou pela cabeça NÃO usar o carro, por UM DIA. Será que dói tanto assim?

Pode ser que eu esteja radical e rebelde demais hoje – desculpem aí, já vou tomar o meu remedinho -, mas to de saco cheio mesmo de olhar em volta e ver que as pessoas – salvo raras exceções – não conseguem enxergar que elas também são parte do problema. Que não adianta ficar sentadinho dentro do carro ouvindo Air Supply no rádio e praguejando pelo smartphone cosamiguinho.

E que conseguem ficar ainda um pouco mais ridículas quando, além de não fazer nada, nadinha, nem mesmo PENSAR POR UM MINUTO e pelo menos fazer uma cagada consciente, ainda reclamam, criticam e ridicularizam as pessoas que estão lá investindo tempo e neurônios pra tentar melhorar alguma coisa.

Eu fui – e em parte ainda sou – alienada por opção por muito tempo, mas de dentro da minha alienação nunca deixei de ter o devido respeito pelas pessoas que, diferente de mim, estavam lá fora enfrentando o mundo pra que eu pudesse continuar confortavelmente alienada. Jamais faria graça do ‘peito caído’ das vadias, não chamaria os jovens manifestantes de hippies desocupados e ficaria dentro da minha SUV poluindo o planeta e causando trânsito bem quietinha.

A cidade parou, as pessoas se expuseram ao ridículo – e acabaram com a minha paciência – com seu mimimi alienado e vocês me desculpem o desabafo. Já já voltamos à programação normal.

ps: aos amigos em quem a carapuça servir: amo todos vocês, been there, e entendam esse texto como tough love. Faz de conta que eu vi um pedaço imenso de alface no dente de vocês e to dando aquele toque amigo pra vocês não pagarem tanto mico.

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