Imagine que você foi ao consultório do seu médico e, intrigado por uma pintinha na sua nuca, logo embaixo da linha do seu cabelo, ele te pediu para fazer uma série de exames.
Você sempre teve aquela pintinha ali, desde que nasceu, mas nunca tinha dado muita atenção pra ela.
Imagine que, na sua segunda consulta, já com o resultado dos exames, esse médico olhou pra você e fez uma cara…estranha. Passou as mãos lentamente pelo cabelo, tirou os óculos e te comunicou o seguinte.
Você está doente. E a sua doença é terminal.
“Quanto tempo eu tenho?”, você pergunta, já começando a pensar em todas aquelas coisas que você gostaria de ter feito na sua vida e nunca teve “tempo”, coragem, iniciativa ou energia pra fazer.
O médico olha para o horizonte na janela e responde, sem nem olhar pra sua cara:
“Infelizmente, não temos como saber”.
Imagine o que você faria nessa situação. O que você mudaria na sua vida? Faria o mesmo trabalho que faz hoje? Conviveria com as mesmas pessoas? No mesmo lugar? Gostaria de viajar pelo mundo? De estar mais perto dos seus filhos?
Será que vai dar tempo de você viver do jeito que você gostaria?
Eu tenho uma coisa pra te contar. E, como o seu médico imaginário, vou até correr os dedos pelo cabelo, tirar os óculos e olhar pro horizonte:
Você de fato sofre de uma doença terminal. Desde que você nasceu.
O nome desta doença é vida. E você pode morrer a qualquer momento.
Será que vai dar tempo de você viver do jeito que você gostaria?