Escolha sua vida | Paula Abreu

Como atrair mais amor para a sua vida

Todos nós temos a capacidade e habilidade de invocar o amor para as nossas vidas. Para quem está sozinho, pode parecer brincadeira, mas é verdade: atrair o amor está totalmente sob o seu controle. O problema é que você, muitas vezes, está buscando alguém para te amar, e o amor do outro é algo que […]

Há vida depois do carro

Em abril de 2013 completo um ano sem carro. Havia passado os últimos 18 anos da minha vida sobre quatro rodas, isolada do mundo dentro da minha pequena bolha móvel com ar-condicionado. Achava impossível viver sem carro. Mais uma das muitas crenças alheias que a gente absorve ao longo da vida sem nunca parar e […]

Em abril de 2013 completo um ano sem carro. Havia passado os últimos 18 anos da minha vida sobre quatro rodas, isolada do mundo dentro da minha pequena bolha móvel com ar-condicionado.

Achava impossível viver sem carro. Mais uma das muitas crenças alheias que a gente absorve ao longo da vida sem nunca parar e se perguntar se é válida pra nós, se realmente ressoa com nossos valores.

Há quase um ano, quando entreguei o carro da empresa onde trabalhava, resolvi ficar pela primeira vez na vida sem carro. Por um tempo, pra ver o que acontecia. Fiz uma revisão geral na minha bike e, depois de quase 20 anos, fiz as pazes com o transporte público. Comecei a andar de ônibus e metrô, e comecei também a andar mais a pé. E fiz uma grande descoberta:

Há vida depois do carro.

Percebi que conseguia da mesma forma chegar nos lugares onde tinha que ir, e não precisava mais me preocupar com estacionamento, furtos, flanelinhas, gasolina, IPVA, seguro, limpeza, manutenção. Com um livro ou ipod, os engarrafamentos se transformaram em períodos produtivos. Engarrafamentos que, aliás, posso contornar, se quiser, usando o metrô ou minha bike.

Também comecei a ver os problemas da cidade mais de perto, entender melhor o lugar onde moro, perceber o que pode ser melhorado e pensar no que eu posso fazer sobre isso, me envolver nos movimentos para transformação da cidade num lugar melhor. Nada disso, nadinha mesmo, tinha muita importância quando eu circulava pela cidade dentro do meu carro muito maior do que eu precisava, ouvindo música no conforto do ar-condicionado.

Não sei se era só porque, de dentro da minha bolha, eu não enxergava nada além do meu mundo, ou se porque estar de repente no mundo das outras pessoas – e fazer dele o meu mundo também – diminuiu o meu egoísmo e me transformou como ser humano.

Hoje me sinto mais parte da minha cidade. Me sinto mais próxima dos problemas, porque eles passaram a ser meus problemas também. Me sinto responsável por transformar o que precisa ser transformado. Não quero nunca mais viver na cegueira do isolamento hermético e limpinho em que eu vivia antes.

Há vida depois do carro e, no meu caso, é uma vida sem estresse e muito mais interessante.

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