Hoje, talvez porque eu esteja doente, ou pelo clima nublado, ou pela atmosfera do dia de finados mesmo, sei lá, passei o dia meio triste por todos os anos que perdi da minha vida com as pessoas erradas, nos empregos errados, por quanto dinheiro e energia eu gastei com coisas desimportantes.
Aí li esse trechinho do livro do Amyr Klink que a Fernanda Fonseca me mandou:
“Talvez seja exatamente este o verdadeiro prazer de se atravessar tempestades. Só se alcança o bom tempo passando por todos os segundos que vêm antes. Não há como cortar caminho. Só veria o sol outra vez quando passasse por todos os dias do inverno, sem pular nenhum. E não há como dar saltos. Só retornaria à Paraty percorrendo cada um dos graus de latitude, cada milha do caminho até lá.”