Escolha sua vida | Paula Abreu

Recentemente, na praia, fechei os olhos e fiquei um tempo em silêncio, meditando. Quando terminei, abri os olhos e me dei conta de uma coisa: fazia anos que não meditava. Por um simples motivo: não tinha tempo.

Eu comprava livros e mais livros de meditação, procurava meditações específicas pra ocidentais-com-vidas-corridas-e-sem-tempo-pra-meditar. Eram meditações de cinco minutos. Cinco. E eu não fazia. Sabe por quê? Porque eu não tinha fucking cinco minutos livres na minha vida! Eu trabalhava demais. E, quando não estava trabalhando, tinha que dar atenção ao marido, ao filho, à família, à casa, aos amigos. Se parasse pra fazer qualquer coisa pra mim, como meditar, me sentia culpada por não estar trabalhando, dando atenção ao marido, cuidando do filho, arrumando a casa ou sendo presente na vida dos meus amigos.Mas, sempre que eu pensava em mudar de vida, trabalhar com outra coisa, trabalhar menos, vinha o seguinte na minha cabeça:

“Impossível! COMO eu vou conseguir pagar isso tudo?”

Por “isso tudo”, leia-se um estilo de vida desenhado pra impressionar pessoas que não tinham nada a ver comigo e um montão de coisas que eu não precisava mas que, por um motivo ou outro, eu tinha deixado se transformarem em quem eu era. Aquelas coisas tinham roubado a minha identidade. E estavam roubando o bem finito e não-renovável mais precioso do mundo: o meu tempo!

Depois de um 2011 conturbado em que eu precisei reavaliar minha vida, minhas prioridades e meus sonhos e planos pro futuro, ficou claro que nada ao meu redor tinha mais nenhuma importância pra mim. Desde que eu e meu filho estivéssemos saudáveis, eu não me importava mais com o tamanho e marca do carro na garagem, a minha vista pro Cristo, as roupas da moda, os últimos lançamentos de gadgets tecnológicos.

E foi justamente essa conclusão que me permitiu abandonar minha carreira e me aventurar a…veja só…fazer aquilo que eu amo! Sem a preocupação de ter que fazer tanto dinheiro quanto antes – pra quê? -, sem precisar me vestir pra impressionar ninguém – pra quê? -, sem precisar mais ter carro – pra quê? – enfim, vocês entenderam.

Então quando uma leitora perguntou “Como romper o padrão de trabalhar demais e não ter tempo pra viver”, meu conselho número um é: repense a sua vida, reveja suas prioridades, reflita sobre o que é mesmo importante pra você, o que é ser “bem-sucedido” pra você, do que você realmente precisa pra ser feliz.

Talvez a resposta vá te libertar.

Recentemente, na praia, fechei os olhos e fiquei um tempo em silêncio, meditando. Quando terminei, abri os olhos e me dei conta de uma coisa: fazia anos que não meditava. Por um simples motivo: não tinha tempo.

Eu comprava livros e mais livros de meditação, procurava meditações específicas pra ocidentais-com-vidas-corridas-e-sem-tempo-pra-meditar. Eram meditações de cinco minutos. Cinco. E eu não fazia. Sabe por quê? Porque eu não tinha fucking cinco minutos livres na minha vida! Eu trabalhava demais. E, quando não estava trabalhando, tinha que dar atenção ao marido, ao filho, à família, à casa, aos amigos. Se parasse pra fazer qualquer coisa pra mim, como meditar, me sentia culpada por não estar trabalhando, dando atenção ao marido, cuidando do filho, arrumando a casa ou sendo presente na vida dos meus amigos.Mas, sempre que eu pensava em mudar de vida, trabalhar com outra coisa, trabalhar menos, vinha o seguinte na minha cabeça:

“Impossível! COMO eu vou conseguir pagar isso tudo?”

Por “isso tudo”, leia-se um estilo de vida desenhado pra impressionar pessoas que não tinham nada a ver comigo e um montão de coisas que eu não precisava mas que, por um motivo ou outro, eu tinha deixado se transformarem em quem eu era. Aquelas coisas tinham roubado a minha identidade. E estavam roubando o bem finito e não-renovável mais precioso do mundo: o meu tempo!

Depois de um 2011 conturbado em que eu precisei reavaliar minha vida, minhas prioridades e meus sonhos e planos pro futuro, ficou claro que nada ao meu redor tinha mais nenhuma importância pra mim. Desde que eu e meu filho estivéssemos saudáveis, eu não me importava mais com o tamanho e marca do carro na garagem, a minha vista pro Cristo, as roupas da moda, os últimos lançamentos de gadgets tecnológicos.

E foi justamente essa conclusão que me permitiu abandonar minha carreira e me aventurar a…veja só…fazer aquilo que eu amo! Sem a preocupação de ter que fazer tanto dinheiro quanto antes – pra quê? -, sem precisar me vestir pra impressionar ninguém – pra quê? -, sem precisar mais ter carro – pra quê? – enfim, vocês entenderam.

Então quando uma leitora perguntou “Como romper o padrão de trabalhar demais e não ter tempo pra viver”, meu conselho número um é: repense a sua vida, reveja suas prioridades, reflita sobre o que é mesmo importante pra você, o que é ser “bem-sucedido” pra você, do que você realmente precisa pra ser feliz.

Talvez a resposta vá te libertar.

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